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2001: Uma Odisséia no Espaço


2001: Uma Odisséia no Espaço (Expressão e Cultura, 1968, 290 páginas), é um livro extremamente interessante escrito por Arthur C. Clarke como guião, ou seja, a forma escrita de qualquer espetáculo audiovisual escrito por um ou mais profissionais que são chamados de roteiristas, para um filme de ficção científica, passando a ser escrito em simultâneo com o mesmo.
Arthur C. Clarke, nasceu em 1917, na cidade costeira de Minehead, na Inglaterra. Foi um escritor e inventor, autor de obras de divulgação científica e de ficção científica. Desde pequeno mostrou sua satisfação por astronomia, a ponto de, utilizando um telescópio caseiro, desenhar um mapa da Lua.

O livro analisa a evolução do ser humano, desde os primeiros hominídeos capazes de usar instrumentos, até a era espacial e para além disso. Tais hominídeos adoram um monólito negro que emite sinais de outra civilização interferindo no nosso planeta. Quatro milhões de anos depois, uma equipe de astronautas da nave espacial Discovery é enviada a Japetus (ou Iapetus), uma das luas de Saturno, para investigar um monólito lá existente.

Bem, não estranhe se, assim que terminar de ler 2001: Uma Odisséia no Espaço a sensação que ficar seja de perplexidade, incerteza. Isso é normal, afinal, estou falando de uma das mais complexas obras da literatura de ficção científica. É interessante pensar, entender as situações e tentar nos colocar dentro da complexa cápsula do tempo em que 2001 se situa. Sua atualidade, sua ficção e seu deslumbramento se encontram na história, pois é um livro parado, sem ação, mas nem por isso sem significado.

É um livro para neurônios, não entenda como uma afirmação preconceituosa, mas 2001 é um livro que desafia a mente de quem o lê. É um livro a frente de seu tempo, pois, o homem só iria pisar na Lua um ano após o seu lançamento.

Filosoficamente impecável, o livro consegue, com a mesma eficácia que os grandes filósofos, como Platão, Schoppenhauer, Nietzsche, Freud lançar diversas questões sobre a humanidade.

Nathaly Monteiro

SOBRE O AUTOR: 
Nomeado Comandante da Ordem do Império Britânico, em 1998, aos 81 anos de idade, por relevantes serviços prestados à cultura do seu país, o escritor Arthur C. Clarke, desde menino apreciava ler velhos contos de ficção científica publicados em revistas americanas e tinha fascinação por astronomia. Após o curso secundário feito no Huish's Grammar School, a família de Arthur não tinha posses para matriculá-lo em uma universidade, então ele, desde cedo, começou a trabalhar. Seu primeiro emprego foi de revisor (auditor) de pensões no Departamento de Educação.

Em 1936, transferiu-se para Londres e devido ao seu interesse pelas ciências do espaço associou-se à British Interplanetary Society (Sociedade Interplanetária Britânica) e começou a contribuir com o "BIS Bulletin" e a escrever ficção científica.

Durante a Segunda Guerra Mundial, com 26 anos, entrou na Força Aérea (RAF) e desenvolveu habilidades no trato com a defesa, tornando-se especialista em radares. Essa experiência está relatada no seu romance semi-autobiográfico, Glide Path, publicado em 1963, entre dezenas deles que viriam a seguir. Seu cargo era de Oficial piloto, depois promovido a Oficial de Vôo e deu baixa como Tenente de Vôo.

Após a Segunda Guerra matriculou-se e graduou-se com distinção em Física e Matemática pelo King's College London. Começa nesse período as contribuições de Clarke à ciência, tornando-se presidente da British Interplanetary Society, de 1947-1950, cargo que viria a ocupar novamente em 1953.

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