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A Cabana


A Cabana (Sextante, 2008, 240 páginas), escrito por William P. Young, é um romance sobre um homem cuja filha foi assassinada brutalmente. Três anos depois desta tragédia, ele recebe um convite para se encontrar com a santa trindade na mesma cabana onde sua filha foi morta.

Cada membro da trindade aparece em forma física. Deus, o Pai, aparece como uma maternal mulher afro-americana que está sempre cozinhando. Jesus é um homem oriental de meia idade vestido com uma camisa de tecido colorido com um cinto de multiuso em sua cintura. O Espírito Santo é uma delicada mulher asiática que adora jardinagem.
Não consigo compreender porque alguns livros abiscoitam o posto de best-seller. Este é um caso. Se você examinar a opinião das pessoas que leram este livro verá que a maioria ADOROU, o que só reafirma o caráter muito pessoal deste meu texto, já que desta vez não concordo muito com a maioria.
No entanto, a escolha é de cada um e eu não posso de maneira alguma ter a imprudência de julgar alguém, pois julgar exige que você seja superior a quem você julga, e eu não sou, porém, também acho que é de grande importância que qualquer ser humano expresse suas opiniões livremente. Então, vamos lá...
Pois bem, certamente eu não sou o tipo de leitora a quem o autor destina sua mensagem. Particularmente, achei que encontraria um livro espiritualmente rico e repleto de mensagens sublimes, mas sinceramente, as encontrei com maior intensidade em qualquer outro livro com narrativas muito mais complexas, que proporcionam uma elucidação das coisas inexplicáveis da vida de forma muito mais convincente, dentro da visão de mundo proposta por essas “filosofias de vida”. O que encontrei no livro A Cabana, foram conceitos desconexos, aparentemente providos de um sentido profundo, mas apenas aparentemente. Suponho que as pessoas que gostaram desse livro talvez não tenham lido muitos outros livros de espiritualidade anteriormente.
Bem, sinceramente, não achei o livro grande coisa. Acredito que a maioria das pessoas tenha medo de dizer que o livro não é tudo aquilo só porque ele está numa lista caricata classificado como best-seller.
Resumindo: A Cabana é o característico livro fácil. História batida, tradução ruim (jogou no Google?), mas o enredo é comovente, um pouquinho piegas (que chega até fazer agente chorar e as pessoas acham lindo chorar!), mas bonito. Provavelmente vai virar filme e se sair, talvez eu até assista, vai estrear na sessão da tarde, é o tipo de história que moças sonhadoras e tios mais velhos gostam de assistir para depois ficar pregando grandes lições de sabedoria às crianças.

Nathaly Monteiro 

SOBRE O AUTOR:
O mais velho de quatro filhos, Young passou grande parte da sua infância na Papua-Nova Guiné, junto com seus pais missionários, numa comunidade tribal. Os membros da tribo vieram a se tornar parte de sua família. O fato de ser a única criança branca na comunidade e que sabia falar sua língua veio a garantir um incomum acesso à cultura e à comunidade local. Pagou seus estudos religiosos trabalhando com DJ, salva-vidas e em diversos outros empregos temporários. Formou-se em Religião em Oregon, nos Estados Unidos da América. A sua obra mais conhecida é "A Cabana" (The Shack).

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